O PODER DA RETÓRICA NO CONFRONTO POLÍTICO

Ridicularizar, debochar de alguém é uma prática que requer bem mais que a espirituosidade própria dos cômicos e afins. O deboche calmo, de frente, resignado, é a mais pura prova de que estudar é o caminho mais certeiro para o sucesso. O outro lado, se incomoda, se remói, mas nada pode fazer diante de sua latente limitação.

Talvez estejamos vivendo uma revolução diferente. Não seria possível continuar convivendo com um contingente de pessoas tão despreparadas e infantilizadas nos altos comandos de todas as esferas políticas brasileiras.

A principal política pública do bolsonarismo e das suas adjacências de sapatênis, é orquestrar via redes sociais a humilhação pública, sem se importar com contexto ou a mínima lógica.

É incrível que estas pessoas tenham galgado tanta credibilidade nos últimos anos, sem entregar absolutamente nada de aproveitável ao país, com a exceção atual das ridículas reações às respostas que finalmente os progressistas estão impondo.

Flávio Dino, Silvio Almeida, Margarete Menezes e Haddad tem demonstrado a habilidade de desmoralizar seus oponentes sem recurso de gritos, palavrões ou falta de respeito pessoal ou institucional. Essa combinação de intelectualidade com memes de internet tem efeitos interessantes e pode servir como uma lição sobre como tratar indivíduos desonestos e moralistas.

A grande diferença nesse caso é que enquanto se responde na medida correta e republicana aos escárnios da democracia como Girão, Bananinha, Chupetinha, Mike da Swat, Moro, Dallagnol, uma infinidade de delegados, tenentes e coronéis, todos, mal sabendo fazer um “O” usando um copo (!), trabalha-se sério para reconstruir o Brasil e devolvê-lo ao seu lugar de direito no cenário mundial.

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Luiz Gustavo Saboya de Castro Mota é advogado especialista em Direito Constitucional e Gestão Pública pelo IFNMG, Mestrando em Filosofia e Ética Jurídica pela UFVJM, Pesquisador e membro do “O GritoCast”. Instagram/ @eugustavodecastro