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De que vale o diálogo com o extremista?

  • Foto do escritor: Kalil Lauar
    Kalil Lauar
  • 4 de nov. de 2022
  • 2 min de leitura


O clima após o resultado das urnas passou o limite do diálogo. Em grupos de whatsapp há exclusão e ofensas, assim como nas demais redes sociais o que está instaurado é um palco de fake news e discussões vazias sem formação de opinião útil.


Lástima, esta é a palavra que define esse cenário. Nas ruas, manifestações antidemocráticas se espalham por várias cidades, já sem o mesmo fôlego, mas ainda permanecem demonstrando que essa “doença” ainda carece de cura. 


Inusitado que outrora defendiam a não vacinação, agora a não democracia. Fato é: a rotina voltou, brasileiros precisaram retornar aos seus postos, manter a máquina capitalista e a pública funcionando.


Nesses espaços o debate sobre o resultado das urnas é inevitável. Brotam peritos em política nacional e geopolítica, surgem apontamentos desde “na guerra não faltaram fertilizantes” até o possível unfollow do casal Bolsonaro.


Enquanto a equipe de transição do novo governo descobre que será ainda mais difícil do que imaginavam, percebem que o que falta não é apenas bom senso na gestão atual, falta dinheiro e controle.


Em Belo Horizonte - MG manifestantes bizarramente cantam “pra não dizer que não falei das flores” de Geraldo Vandré, pedindo um golpe militar, ironicamente com a música censurada por militares e símbolo da luta contra a ditadura que durou 21 anos no Brasil.


Mas, de que vale o diálogo? De que vale a amizade? O célebre autor libanês Khalil Gibran, no seu livro “A voz do Mestre”, traz em suas reflexões acerca da sabedoria que:


“A amizade com um ignorante é uma tolice tão grande quanto discutir com um bêbado"

Nesse ensejo pode-se destacar que não há valia em debates onde a construção do conhecimento não é a guia mestre, onde “verdades” impostas e irrefutáveis são penetradas sem quaisquer critérios em tom de autoridade no meio do diálogo, demonstrando claramente o anseio ridículo de fazer valer a "verdade" que o extremista quer acreditar e na ilusão de que tons incisivos firmam pensamentos infundados nas cabeças alheias. 


Na verdade o debate elaborado, com conhecimento e bom senso, está para estas pessoas como os pombos estão para os jogos de xadrez, seguindo claramente o "complexo do pombo enxadrista''.


São inaptos ao debate consciente e construtivo, alheios a quaisquer crescimento intelectual que fuja do que vem fácil nos reels do instagram.


Para estas pessoas façamos jus às palavras de Mateus


“não deem o que é sagrado aos cães, nem atirem pérolas aos porcos”.

Sua paz é sagrada, se autojustifica, seu conhecimento e potencial de luta são pérolas e não devem ser desperdiçadas.  


Abraço.

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